José Jorge Letria nasceu em Cascais em 1951. Destacou-se em vários domínios da cultura. Participou na elaboração de programas de rádio e televisão e foi redactor e editor de jornais como “Diário de Lisboa”, “República”, “Musicalíssimo”,“Diário de Notícias” e “Jornal de Letras”.
Como cidadão activo, desempenhou funções de vereador da Cultura, na Câmara Municipal de Cascais e, actualmente, é vice-presidente e administrador da Sociedade Portuguesa de Autores.
Integra, igualmente, em representação da SPA, o Comité Executivo do Conselho Internacional de Autores Dramáticos, Literários e Audiovisuais.
A liberdade, o seu ideal de vida, inspirou-o constantemente na sua produção literária, revelando-se também nos anos de luta clandestina e, posteriormente, quando subiu aos palcos como cantor de intervenção. Integrou, com José Afonso, Adriano Correia de Oliveira e Manuel Freire, entre outros, o movimento da canção de resistência, tendo sido agraciado em 1997 com a Ordem da Liberdade.
Teve sempre a preocupação de esclarecer os mais novos, dedicando-lhes inúmeras obras que abordam diversos valores e vertentes da acção humana:
Preocupou-se em divulgar junto dos jovens a cultura e a história de Portugal. Assim, a história de vida de figuras marcantes como Aristides Sousa Mendes, Humberto Delgado, Carlos Paredes, Zeca Afonso… inspirou a sua escrita.
E especialmente para os mais novos, sugerimos a descoberta de um gato fascinante, Mouschi, que partilhou momentos de grande ternura com a sua dona, Anne Frank.
E, para terminar, gostaríamos de vos presentear com alguns poemas deste sonhador de palavras.
O amor é
um nome de mulher
na boca de um homem.
O amor é
uma flor perfeita
na lapela de um homem só.
O amor é
um continente sem fronteiras
para que tudo aconteça.
O amor é
a alegria do corpo
sem vergonha de amar.
O amor é
dividir somente
o que se pode partilhar.
O amor é
uma cidade azul
no dorso de uma nuvem.
O amor é
um rapaz loucamente
apaixonado por uma rapariga.
O amor é
tão fácil e tão simples
que até se torna difícil.
O amor é
tudo aquilo que um dia
ganhamos coragem para ser.
O amor é
gostarmos de nós
e sabermos porquê.
OS LIVROS
Apetece chamar-lhes irmãos,
tê-los ao colo,
afagá-los com as mãos,
abri-los de par em par,
ver o Pinóquio a rir
e o D. Quixote a sonhar,
e a Alice do outro lado
do espelho a inventar
um mundo de assombros
que dá gosto visitar.
Apetece chamar-lhes irmãos
e deixar brilhar os olhos
nas páginas das suas mãos.
Sem comentários:
Enviar um comentário