segunda-feira, 22 de março de 2010
Exposição de poemas de alunos do secundário
Exposição - Água : Génese de um Hospital
No âmbito das comemorações do Dia Internacional da Água e da Natureza, o Museu do Hospital e das Caldas associou-se à Biblioteca da nossa escola, no sentido de homenagear este bem tão precioso.
Apresenta-se assim uma pequena mostra expositiva que pretende aludir ao elemento Água, nas suas mais diferentes utilizações, ao longo dos tempos de funcionamento do Hospital Termal.
domingo, 21 de março de 2010
Árvore do Centenário
A Escola Secundária Raul Proença associa-se, uma vez mais, às comemorações do Centenário da República através do evento, A Árvore do Centenário, que se realiza no dia 22 de Março pelas 11.30 h. Esta actividade contará com a presença do Sr. vereador da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, Dr Tinta Ferreira, de professores e alunos da escola. O professor Aníbal Rocha será o responsável pela animação que acompanhará a plantação da árvore do centenário.
A Biblioteca, no âmbito do Dia Mundial Árvore e da Poesia, irá oferecer aos participantes poemas alusivos à temática da natureza e da árvore.
Palestra: "A representação de S. João de Deus na azulejaria- água, virtudes curativas ao serviço da fé e dos doentes"
No âmbito do Dia Mundial da Água, realiza-se no dia 22 de Março, pelas 10.15 h, na Biblioteca, a palestra, A representação de S. João de Deus na azulejaria- água, virtudes curativas ao serviço da fé e dos doentes", pelo Doutor Moutinho Borges.
Moutinho Borges é doutor em história da saúde e conservador do Museu de S. João de Deus. Investigador do CEIS20, da Universidade Católica, membro da Direcção da Secção de História da Medicina, da Sociedade de Geografia e da Pastoral da Cultura da Diocese da Guarda. Autor de livros e artigos, coordenou diversas obras e organizou conferências e comunicações em colóquios e congressos.
Esta palestra é uma organização conjunta da Biblioteca e do Museu do Hospital e das Caldas.
segunda-feira, 8 de março de 2010
Autor do Mês - Março de 2010
Rosa Lobato Faria (1932-2010)
Rosa Maria de Bettencourt Rodrigues Lobato de Faria (Lisboa-20 de Abril de 1932 – Lisboa-2 de Fevereiro de 2010) distinguiu-se no plano cultural e literário nacional como poetisa, romancista, argumentista, cronista e actriz de teatro, cinema e televisão.
Filha de um oficial da Marinha, Rosa Lobato de Faria cresceu entre Lisboa e Alpalhão. As suas primeiras vivências são registadas num texto autobiográfico, publicado no Jornal das Letras, em 8 de Março de 2008:
“Quando eu era pequena havia um mistério chamado Infância.(…) Vivíamos num mundo mágico de princesas imaginárias, príncipes encantados e animais que falavam. A pior pessoa que conhecíamos era a Bruxa da Branca de Neve. Fazíamos hospitais para as formigas onde as camas eram folhinhas de oliveira e não comíamos à mesa com os adultos. Isto poupava-nos a conversas enfadonhas e incompreensíveis, a milhas do nosso mundo tão outro, e deixava-nos livres para projectos essenciais, como ir ver oscilar os agriões nos regatos e fazer colares e brincos de cerejas. Baptizávamos as árvores, passeávamos de burro, fabricávamos grinaldas de flores do campo. Fazíamos quadras ao desafio, inventávamos palavras e entoávamos melodias nunca aprendidas.
Na Infância as escolas ainda não tinham fechado. Ensinavam-nos coisas inúteis como as regras da sintaxe e da ortografia, coisas traumáticas como sujeitos, predicados e complementos directos, coisas imbecis como verbos e tabuadas. Tinham a infeliz ideia de nos ensinar a pensar e a surpreendente mania de acreditar que isso era bom. Não batíamos na professora, levávamos-lhe flores.
E depois ainda havia infância para perceber o aroma do suco das maçãs trincadas com dentes novos, um rasto de hortelã nos aventais, a angústia de esperar o nascer do sol sem ter a certeza de que viria (não fosse a ousadia dos pássaros só visíveis na luz indecisa da aurora), a beleza das cantigas límpidas das camponesas, o fulgor das papoilas. E havia a praia, o mar, as bolas de Berlim. (As bolas de Berlim são uma espécie de ex-libris da Infância e nunca mais na vida houve fosse o que fosse que nos soubesse tão bem).”
Aos dezassete anos, queria ser actriz. O pai deu-lhe a escolher a faculdade, em Coimbra, com tudo pago, ou o Conservatório, em Lisboa, pagando ela o seu curso com um emprego. Tomou a decisão de estudar Germânicas, mas, dada a sua força e convicção, cedo aprendeu a não desistir nunca dos sonhos.
Enveredou pela representação ao participar, na televisão, em várias séries (1987- Cobardias, 1988- A Mala de Cartão, 1992- Os Melhores Anos), sitcoms (1987- Humor de Perdição, 2002- A Minha Sogra é uma Bruxa,) e novelas (1982-Vila Faia, 2005- Ninguém como Tu).
A sua actividade como romancista inicia-se tardiamente. Como a própria escritora afirmou, aos 63 anos renasceu. Publicou os livros O Pranto de Lúcifer (1995), Os Pássaros de Seda (1996), Os Três Casamentos de Camila (1997), Romance de Cordélia (1998), O Prenúncio das Águas (1999), galardoado com o Prémio Máxima de Literatura em 2000, A Trança de Inês (2001), O Sétimo Véu (2003), Os Linhos da Avó (2004), A Flor do Sal (2005) e As Esquinas do Tempo (2008). Em co-autoria participou em Os Novos Mistérios da Estrada de Sintra e Código d' Avintes. Publicou contos infantis (A Erva Milagrosa, As quatro Portas do Céu e Histórias de Muitas Cores).
Vejamos como a escritora registou, no texto já referido anteriormente, esse período criativo da sua vida literária:
“Pois é. Eu achava, pobre de mim, que era poetisa. Ainda não sabia que estava só a tirar apontamentos para o que havia de fazer mais tarde. A ganhar intimidade, cumplicidade com as palavras. Também escrevia crónicas e contos e recados à mulher-a-dias. E de repente, aos 63 anos, renasci. Cresceu-me uma alma de romancista e vá de escrever dez romances em 12 anos, mais um livro de contos (Os Linhos da Avó) e sete ou oito livros infantis. (Esta não é a minha área, mas não sei porquê, pedem-me livros infantis. Ainda não escrevi nenhum que me procurasse como acontece com os romances para adultos, que vêm de noite ou quando vou no comboio e se me insinuam nos interstícios do cérebro, e me atiram para outra dimensão e me fazem sorrir por dentro o tempo todo e me tornam mais disponível, mais alegre, mais nova).”
A produção poética de Rosa Lobato de Faria está reunida em Poemas Escolhidos e Dispersos (1997).
Para o teatro escreveu as peças A Hora do Gato, Sete Anos – Esquemas de um Casamento e A Severa.
Foi dirigida por João Botelho em Tráfico (1998) e A Mulher Que Acreditava Ser Presidente dos Estados Unidos da América (2003), tendo trabalhado também sob a direcção de Lauro António, em Paisagem Sem Barcos (1983) e O Vestido Cor de Fogo (1986) e de Monique Rutler, em Jogo de Mão (1984).
Destacou-se, igualmente, como letrista no panorama da música ligeira e uma das mais bem sucedidas no Festival RTP da Canção, tendo obtido quatro vezes o primeiro lugar com Amor de Água Fresca (1992), Chamar a Música (1994), Baunilha e Chocolate (1995) e Antes do Adeus (1997).
Filha de um oficial da Marinha, Rosa Lobato de Faria cresceu entre Lisboa e Alpalhão. As suas primeiras vivências são registadas num texto autobiográfico, publicado no Jornal das Letras, em 8 de Março de 2008:
“Quando eu era pequena havia um mistério chamado Infância.(…) Vivíamos num mundo mágico de princesas imaginárias, príncipes encantados e animais que falavam. A pior pessoa que conhecíamos era a Bruxa da Branca de Neve. Fazíamos hospitais para as formigas onde as camas eram folhinhas de oliveira e não comíamos à mesa com os adultos. Isto poupava-nos a conversas enfadonhas e incompreensíveis, a milhas do nosso mundo tão outro, e deixava-nos livres para projectos essenciais, como ir ver oscilar os agriões nos regatos e fazer colares e brincos de cerejas. Baptizávamos as árvores, passeávamos de burro, fabricávamos grinaldas de flores do campo. Fazíamos quadras ao desafio, inventávamos palavras e entoávamos melodias nunca aprendidas.
Na Infância as escolas ainda não tinham fechado. Ensinavam-nos coisas inúteis como as regras da sintaxe e da ortografia, coisas traumáticas como sujeitos, predicados e complementos directos, coisas imbecis como verbos e tabuadas. Tinham a infeliz ideia de nos ensinar a pensar e a surpreendente mania de acreditar que isso era bom. Não batíamos na professora, levávamos-lhe flores.
E depois ainda havia infância para perceber o aroma do suco das maçãs trincadas com dentes novos, um rasto de hortelã nos aventais, a angústia de esperar o nascer do sol sem ter a certeza de que viria (não fosse a ousadia dos pássaros só visíveis na luz indecisa da aurora), a beleza das cantigas límpidas das camponesas, o fulgor das papoilas. E havia a praia, o mar, as bolas de Berlim. (As bolas de Berlim são uma espécie de ex-libris da Infância e nunca mais na vida houve fosse o que fosse que nos soubesse tão bem).”
Aos dezassete anos, queria ser actriz. O pai deu-lhe a escolher a faculdade, em Coimbra, com tudo pago, ou o Conservatório, em Lisboa, pagando ela o seu curso com um emprego. Tomou a decisão de estudar Germânicas, mas, dada a sua força e convicção, cedo aprendeu a não desistir nunca dos sonhos.
Enveredou pela representação ao participar, na televisão, em várias séries (1987- Cobardias, 1988- A Mala de Cartão, 1992- Os Melhores Anos), sitcoms (1987- Humor de Perdição, 2002- A Minha Sogra é uma Bruxa,) e novelas (1982-Vila Faia, 2005- Ninguém como Tu).
A sua actividade como romancista inicia-se tardiamente. Como a própria escritora afirmou, aos 63 anos renasceu. Publicou os livros O Pranto de Lúcifer (1995), Os Pássaros de Seda (1996), Os Três Casamentos de Camila (1997), Romance de Cordélia (1998), O Prenúncio das Águas (1999), galardoado com o Prémio Máxima de Literatura em 2000, A Trança de Inês (2001), O Sétimo Véu (2003), Os Linhos da Avó (2004), A Flor do Sal (2005) e As Esquinas do Tempo (2008). Em co-autoria participou em Os Novos Mistérios da Estrada de Sintra e Código d' Avintes. Publicou contos infantis (A Erva Milagrosa, As quatro Portas do Céu e Histórias de Muitas Cores).
Vejamos como a escritora registou, no texto já referido anteriormente, esse período criativo da sua vida literária:
“Pois é. Eu achava, pobre de mim, que era poetisa. Ainda não sabia que estava só a tirar apontamentos para o que havia de fazer mais tarde. A ganhar intimidade, cumplicidade com as palavras. Também escrevia crónicas e contos e recados à mulher-a-dias. E de repente, aos 63 anos, renasci. Cresceu-me uma alma de romancista e vá de escrever dez romances em 12 anos, mais um livro de contos (Os Linhos da Avó) e sete ou oito livros infantis. (Esta não é a minha área, mas não sei porquê, pedem-me livros infantis. Ainda não escrevi nenhum que me procurasse como acontece com os romances para adultos, que vêm de noite ou quando vou no comboio e se me insinuam nos interstícios do cérebro, e me atiram para outra dimensão e me fazem sorrir por dentro o tempo todo e me tornam mais disponível, mais alegre, mais nova).”
A produção poética de Rosa Lobato de Faria está reunida em Poemas Escolhidos e Dispersos (1997).
Para o teatro escreveu as peças A Hora do Gato, Sete Anos – Esquemas de um Casamento e A Severa.
Foi dirigida por João Botelho em Tráfico (1998) e A Mulher Que Acreditava Ser Presidente dos Estados Unidos da América (2003), tendo trabalhado também sob a direcção de Lauro António, em Paisagem Sem Barcos (1983) e O Vestido Cor de Fogo (1986) e de Monique Rutler, em Jogo de Mão (1984).
Destacou-se, igualmente, como letrista no panorama da música ligeira e uma das mais bem sucedidas no Festival RTP da Canção, tendo obtido quatro vezes o primeiro lugar com Amor de Água Fresca (1992), Chamar a Música (1994), Baunilha e Chocolate (1995) e Antes do Adeus (1997).
domingo, 7 de março de 2010
Dia Internacional da Mulher- Exposições
A Biblioteca assinala o Dia Internacional da Mulher com a apresentação de 3 exposições:
Mulheres da República
É objectivo desta exposição destacar figuras femininas que se distinguiram pelo seu activismo imprescindível para a conquista de direitos cívicos e políticos das mulheres portuguesas durante a instituição da República.
Mulheres na Leitura
Uma selecção de poesia portuguesa alusiva à mulher, da responsabilidade do Núcleo da Leitura, da Imagem e da Palavra.
26 Rostos de Determinação- Amnistia Internacional
Constitui uma forma de homenagear a vida e obra de activistas de várias partes do mundo, como reconhecimento pelo seu trabalho e para que estes percursos inspirem outras mulheres a perceber que o “silêncio é morte”.
A diversidade dos seus perfis, percursos e acções, prova que a motivação pessoal é o único factor decisivo para a luta por um mundo melhor, o que faz de todos nós potenciais defensores de direitos humanos.
Aguardamos a sua visita!
sexta-feira, 5 de março de 2010
quinta-feira, 4 de março de 2010
Filme do Mês - Março 2010 - Alice no País das Maravilhas
O filme do mês de Março é a novíssima e arrojada adaptação de Alice no País das Maravilhas. A obra de Lewis Carroll (autor inglês do século XIX) é revisitada através do olhar de Tim Burton, um dos realizadores que mais tem apostado na renovação estética no cinema.
Desta vez, Burton aventura-se pelo imaginário infantil (tal como já tinha feito em Eduardo Mãos-de-Tesoura e, sobretudo, em Charlie e a Fábrica de Chocolate) numa produção em 3D que promete continuar o enorme sucesso de Avatar, mesmo tratando-se de uma obra clássica da literatura, lida e admirada por todas as gerações desde a sua publicação em 1865.
O filme constitui a sétima colaboração entre Tim Burton e Johnny Depp, numa parceria criativa que, tendo o seu início em 1990 com Eduardo Mãos-de-Tesoura, sempre se revelou profícua e intensamente cúmplice.
Alice no País das Maravilhas é um filme a não perder por todos os que gostam de cinema e, também, por todos os que gostam de literatura.
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Alice no País das Maravilhas,
Filme do Mês
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