sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Mensagem à (des)Humanidade...

No contexto da evocação, no próximo dia 10 de Dezembro, do Dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos, parece-nos pertinente partilhar o olhar crítico de uma aluna sobre a humanidade:


HOMEM: indivíduo da espécie humana. Todos somos Homens. Todos diferentes. Tal como a água, fria ou quente, numa gota ou em corrente, mas água. E, acima de tudo, pura. Não é também pura a criança que berra pela primeira vez ao mundo? Chora, grita, todavia nada cá fora se lhe compara em pureza naquele momento singular. Nada é, no entanto, tão incerto como esse ser, nesse instante. Quem poderá afirmar que esse petiz será… será, apenas? Não nos deparamos nós com sociedades em que o bebé, pelo simples facto de se apresentar diferente, seja olhado como um não ser? Simplesmente não é palpável, engloba-se na paisagem quotidiana da favela ou nos subúrbios da cidade de que tanto nos orgulhamos. Uma ligeira névoa poeirenta, que facilmente dissipamos, seja ao entrar na viatura cujo espelho nos protege ou ao embelezarmo-nos com os Ray-Ban que nos ocultam o espelho da alma.
É assim a Humanidade. Palavra mal construída. Derivada do vocábulo “Homem”. Terá sentido a Humanidade ser tudo menos humana? Compaixão, sonho, fraternidade, igualdade, amor, amizade. Tudo parte integrante do Homem. Tal como os escrevi: livres. Só a partir desta liberdade é possível a presença de todas, sem repressões, sem uma ordem estritamente necessária sem nexo. Por vezes, a Humanidade constrói-se tendo por base apenas a Harmonia.

Júlia Ribeiro - 11º CT1

domingo, 5 de dezembro de 2010

Autor do Mês de Dezembro - Maria Teresa Maia Gonzalez



MARIA TERESA MAIA GONZALEZ nasceu em Coimbra, em 1958, formou-se em Línguas e Literaturas Modernas na Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa. Exerceu a profissão de professora de Português, Inglês e Francês, entre 1982 e 1997.

A sua vasta obra é essencialmente constituída por romances juvenis que abordam sérias questões ligadas aos problemas dos adolescentes.

Da sua vasta publicação, destaca-se o título A Lua de Joana, por ser o seu maior sucesso editorial. Publicado em Lisboa, em 1994, a obra, em forma de diário de uma jovem adolescente que inadvertidamente cai nas malhas da fatídica droga, teve uma projecção internacional, sendo editada também na Alemanha, Bulgária, Albânia, Espanha e China.

A Colecção Profissão: Adolescente, com 27 títulos publicados, todos várias vezes reeditados é também da sua autoria. Esta colecção dirigida, essencialmente, aos adolescentes, poderá ser lida por qualquer adulto interessado nas várias questões complexas que, actualmente, assolam a juventude. A escritora, dotada de uma sensibilidade notória, recorrendo a uma escrita muito acessível e genuína, consegue transportar-nos para o mundo instável e fascinante dos jovens.

Em colaboração com Maria do Rosário Pedreira, criou a Colecção O Clube das Chaves, de que foram publicados 21 volumes. Aliás, os seus primeiros passos na publicação iniciaram-se em 1989 com a edição do primeiro volume da referida colecção, que lhes permitiu ganhar um concurso literário.

Numa das numerosas entrevistas dadas pela escritora nas escolas, que visita com regularidade, a escritora explicou os motivos que a levaram cedo à necessidade de escrever.

Quando um dia comecei a escrever não o fiz por pensar no dinheiro que ganharia com isso, na fama que iria ter ou em festas como a de hoje. Comecei a escrever como forma de desabafo perante as barreiras do Mundo. São inúmeros os problemas que dia após dia encontro. Crianças são maltratadas, fome, guerra, droga, álcool, tabaco, stress…Dizemos viver num Mundo evoluído. Concordo, a nível de tecnologias pouco ou nada nos falta. Mas, e o resto? Onde ficou a evolução do Homem na forma de amar? Onde evoluiu o Homem na maneira de resolver problemas? Onde evoluiu o Homem quando toma a decisão de ter filhos? Não evoluiu. Não é só preciso que a taxa de natalidade suba, é preciso termos crianças felizes. O dinheiro, bens materiais não chegam para essa felicidade. É preciso amor, tempo e dedicação. Crianças devem poder sorrir sempre ao longo do seu crescimento. Chega de pais part-time, de mães ausentes, de discussões diárias, de falta de tempo. As crianças precisam de amor. A droga e todos os vícios vivem diariamente com eles e se ninguém os ensinar e apoiar não saberão como fugir a esse mundo. Não podemos pensar que isto acontece apenas aos outros, acontece todos os dias, a pessoas, tal como nós. E foi por tudo isto, para tentar salvar algumas dessas crianças e jovens que comecei a escrever. Se eles virem o quanto estes mundos provocam a dor saberão que não devem segui-los e conseguirão ser felizes.”


Para além dos romances juvenis, são também da sua autoria histórias infantis, poesia, contos, ficção para adultos e uma colecção juvenil de peças de teatro, que são levadas ao palco pelos inúmero
s artistas distribuídos pelas escolas do país.

A nossa escola teve o privilégio de receber a escritora em 2005. Foi uma experiência muito enriquecedora, da qual resultou um site na internet: www.literarte.no.sapo.pt. Sugerimos que visites este espaço virtual e que participes, visto que nele poderás relatar as tuas experiências como leitor.

Várias são as páginas Web dedicadas à escritora:

http://www.noslemos.blogspot.com/

( Blogue realizado após a

visita da escritora a uma escola.)

http://5knowledge.blogs.sapo.pt/

(Entrevista à escritora r

ealizada por alunos.)

http://bibliosttau.blogspot.com/2008/04/entrevista-imaginria-escritora-maria.html

(Entrevista imaginária a Maria Teresa Maia Gonzalez brincando com os títulos dos seus livros.)

...

A escritora está no Facebook.


quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

75 anos da morte de Fernando Pessoa


Na Escola Secundária Raul Proença, no dia 30 de Novembro, assinalámos os 75 anos da morte de Fernando Pessoa. Evocámos a sua vida e obra, através de várias actividades: mostra bibliográfica, exposição de excertos de poesia/prosa na Biblioteca e leitura dramatizada de poemas em várias turmas pelos alunos do 12º ano, que "encarnaram" Fernando Pessoa e os seus heterónimos . De referir que esta actividade contou com a colaboração da Casa Fernando Pessoa que, amavelmente, respondeu à solicitação feita pela biblioteca e por um grupo de alunos do 12º ano, no âmbito da disciplina de Área de Projecto.